segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Aulinha da Gezinha - II

Queria ser atingida por um choque que nem o Mel Gibson, mas ao invés de conseguir ouvir os pensamentos das mulheres, ouvir os das crianças. Mas mesmo sem esse magnífico dom, eu identifiquei algumas coisas:

* Rotina: tem que ter rotina. Eles tem que saber que primeiro é música, depois flahscards, depois brincadeira. Mas sempre tem que ter a mesma sequência. Por falar nisso, preciso melhorar esse ponto. E muito!

* Puppet: ter uma marionete é muito MUITO massa. Quero muito um! Fica muito difícil para eles digerirem a idéia de que há 2 segundos eu falei português e agora falei inglês. Ou mesmo para eles entenderem que existe português e existe inglês. Com um puppet fica muito simples tudo isso! O puppet fala só inglês e a teacher faz um meio de campo. Diz-se que o puppet veio de um "outro lugar" (levando-se em conta que eles não sabem que há outros países) e fala diferente da gente. E a teacher entende!!! Assim já se define um objetivo. As crianças vão ter vontade de aprender inglês para conseguirem falar com o puppet. Afinal, você acha que vai surtir algum efeito explicar para a criança que ela vai precisar muito do inglês para conseguir um bom emprego quando crescer?

* Flashcards: muitos flashcards. Flashcards pra TUDO! Pra quem não sabe, flashcard nada mais é do que um cartão grande com uma imagem (uo palavra). Flashcards pra cores, pra animais, pra formas geométricas, pra frutas, etc etc etc. Nessa brincadeira já vão alguns cents reais, pois a impressão colorida fica entre R$1,00 e R$1,50 a folha... E flashcard tem que ser grande se não não tem graça... A parte mais do que boa eh que os flashcards dão opções de atividades infinitas. Mesmo sem a rotina e sem o puppet, com os flashcards sempre se dá um jeitinho.

* Estorinhas: eu achava que contar estórias era coisa do passado, mas olha só: toda aula - eu disse TODA AULA - eles me pedem para contar uma estória. Eles amam! Então, no final de cada lição (não de cada aula!!!) vale a pena criar uma estória usando o vocabulário que eles recém aprenderam. Eu já fiz isso e foi legalzinho - pena que sou péssima em contar estórias. Foi o encerramento de uma série de 3 aulas onde eu ensinei alguns animais básicos. Daí com os flashcards, contei a estória do gato que queria comer o peixe mas foi dissuadido pelo cachorro. Sim, foi uma estória meio cruel, com o gato falando que adora matar peixes para comê-los. Mas eu também indiretamente estava querendo criar uma certa consciência vegetariana nas crianças. O argumento que o cachorro usou e que foi decisivo para que o gato desistisse do peixecídio foi: peixes também sentem dor, igual eu e você!!! Boa né?

Um comentário:

Filipe disse...

E o puppet devia ser um gato!