segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Gatos

Essas criaturas tem alguma coisa de mágica que me seduz instantaneamente.
Desde a primeira semana em que a Princesa (minha primogênita) morou aqui em casa, eu jurei para mim mesma que nunca mais passaria um dia da minha vida sequer sem ter um gato. Porque cada minuto em que eles estão acordados e também cada instante em que eles estão dormindo, é recheado de coisas fofas, posições engraçadas, brincadeiras e carinhos. E as vezes quando eles estão dormindo eu vou me chegando mais e mais perto até enfiar a cara na barriga deles (vítima favorita: Pirulito) e fico cheirando cheirando cheirando e esfregando a minha cara e dando beijo de um jeito que faria uma pessoa com renite desmaiar só de ver.

Patita aproveitando a bolsa que o Crocat destruiu...

E nessas horas, agradeço a D'us por não ter problemas respiratórios. Sim, só nessa hora. Dar aquela super fungada na barriga do Crocat sem dó nem piedade e sem medo de uma crise é, de fato, a melhor parte de não ter renite.


Crocat destruindo a bolsa...

Eu sempre pensei que os gatos estivessem conosco (humanos) há muito, muito menos tempo do que os cachorros. Isso porque o gato ainda tem essa coisa da independência, esse "tô-nem-aí-pra-ti" e essa constante desconfiança dos humanos.

Por exemplo... Minha cachorrinha Rebecca, sempre que tinha medo de alguma coisa, vinha correndo para mim. Se tinha medo de trovão, pulava no meu colo. Se tinha medo de outra pessoa, se escondia atrás das minhas pernas e ficava latindo dali. Ela sabia que não havia lugar NO MUNDO mais seguro para ela do que comigo.

Mas com os gatos não, com eles é diferente. Eles não confiam em seres humanos (e, sério, bem que eles fazem, a gente não presta). Se eu estou ali, no colchão da sala, aninhada com o Batata, por exemplo, e de repente dispara alguma alarme do vizinho... Tchau, Batata. E não adianta ir atrás. Não adianta chamar. Ele não acredita que eu o amo o suficiente pra protegê-lo de qualquer coisa nesse mundo. Igual com todos os outros. Cada um tem o seu esconderijo pela casa. Patita atrás do freezer. Batata atrás da patente. Princesa embaixo da pia. Pirulito atras da geladeira, e Crocat, CLARO, junto com o Pirulito - sempre.

Pirulito me ajudando no computador...

Então, com todas essas observações empíricas, eu cheguei sozinha a conclusão de que nosso convívio com os gatos era muito mais recente do que com os cães. Ah, essas e também a constatação da burrice deles. Burrice eu digo numa comparação com cães, que atendem pelo nome, são facilmente treinados, enfim, são quase humanos. Gatos não.

Para gostar de gato, você precisa esquecer completamente do que é um cachorro. Não pode tecer nenhum tipo de comparação entre eles (tipo a que eu fiz há 3 linhas). Bom, primeiro porque não existe motivo nenhum pra gente querer que dois animais diferentes sejam iguais, né... E segundo porque são mundos completamente diferentes - pra não dizer opostos. Não dá pra olhar pra um gato que insiste em ignorar o chamado de seu dono e pensar: meu cachorro sempre vem quando eu chamo. Porque um gato não é um cachorro. Gato é mais burro mesmo, nesse sentido "convívio-com-humanos" da palavra.

Então tá, gatos acabaram de chegar, cães estão aqui há mil milhões de anos, ao nosso lado.

Batata tomando banho.

Não foi o que acabei de descobrir!!!
Saiu uma matéria na Veja falando que os gatos estão conosco há 10 mil anos, enquanto os cachorros, entre 11 e 14 mil anos.
Primeiro caí de costas... Pois eu tinha certeza que eram milhões de anos. Mas ok...

A matéria vale a pena, e faz ter mais vontade de levantar do computador e ir dar mais um amasso nos gatos. Amiguinhos há 10 mil anos... ;)



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