domingo, 4 de outubro de 2009

Ter um gato reduz o risco de sofrer um ataque cardíaco

Ter um gato reduz o risco de sofrer um ataque cardíaco

Ter um felino em casa alivia o estresse e a ansiedade, dizem os pesquisadores Foto: AP
Ter um felino em casa alivia o estresse e a ansiedade, dizem os pesquisadores

Se você tem um gato, conhece o lado difícil: sofás arranhados, desobediência crônica, miados à noite. Mas, por outro lado, ter um gato pode fazer muito bem ao seu coração. Segundo estudo da Universidade de Minnesota, nos Estados Unidos, o risco de morrer de um ataque cardíaco é 40% maior entre as pessoas que nunca tiveram um gato.

Examinando dados de 4.435 adultos, os pesquisadores perceberam que, ao longo do tempo em que decorreu o estudo, 3,4% dos donos de gato morreram de ataque cardíaco. Entre os não-donos, este percentual subiu para 5,8%.

Não ficou claro se ter um cão confere o mesmo benefício, pois não havia dados suficientes para chegar a alguma conclusão, explica o professor de neurologia e pesquisador chefe Adnan Qureshi, que liderou a pesquisa. Os resultados foram apresentados no mês passado, na Conferência Internacional sobre Enfarte, realizada em New Orleans, Estados Unidos.

"Se assumirmos que os benefícios são reais, então a explicação mais lógica pode ser a de que ter um gato alivia o estresse e a ansiedade, consequentemente reduzindo o risco de doenças cardiovasculares", diz Qureshi em artigo publicado no site da Universidade de Minnesota.

Ainda que seja tentador concluir que ter um gato vá melhorar as chances de se evitar um enfarte, o efeito também pode ser dar a partir de diferença preexistentes entre quem gosta de gatos e o resto da população. Ou seja, explica Qureshi, a questão é: ser dono de um gato diretamente reduz o risco de doenças cardiovasculares, ou as pessoas que têm gatos têm traços de personalidade que tendem a proteger contra essas doenlças independentemente de possuir o bichano?

O estudo não tem como responder a isto, nem deve ser considerado como uma recomendação para ter um gato. Mas Qureshi quer chegar ao fundo da questão, e pretende examinar mais dados de outros estudos para verificar se a relação gatos-coração sadio se mantém. Se o resultado for positivo, novos dados serão analisados para examinar o que há em ter um animal de estimação aue possa beneficiar as pessoas, especialmente aquelas que têm alto risco de apresentar doenças cardiovasculares.

De qualquer maneira, está claro que ter um gato tem alguma coisa a ver com a questão. "Se essa relação é real, então, diferentemente de outras medidas preventivas como angioplastia ou medicamente, tem baixo risco e não precisa de avaliação médica", Qureshi diz. E ele deve saber do que está falando: ele é dono de um gato.

O artigo (em inglês) no site da Universidade de Minnesota, pode ser lido pelo atalho http://tinyurl.com/2lzbrw

Nenhum comentário: