sábado, 17 de outubro de 2009

Aulinha da Gezinha - I

A minha intenção nessa aventura louca-muito-louca na educação infantil é aprender mais e melhor sobre a minha profissão. Apesar de não ter muuuitas pretensões como profe de crianças, acho que não tem como ser ultra-especialista ficando apenas na teoria. E eu quero ser ultra-especialista, referência sabe? Altas ambições, eu sei, mas não tinha um cara que dizia que "menor que meu sonho não posso ser"???

Para eu virar ultra-especialista, saber mesmo sobre educação e tudo que envolve o processo de ensinar-aprender, eu tenho que PRIMEIRO obter sucesso com as minhas crianças do Jardim I e II. Leia-se micro-crianças. Leia-se seres microscópicos que cabem na palma da mão. Seres que ainda não sabem limpar a bunda e ainda trocam o R pelo L. Coisas lindas, lindas e fofas (essa frase não estaria nesse post NUNCA se eu o tivesse escrito há 1 mês e meio atrás - ah, como é bom mudar).

Já se sabe que nenhuma criança fica fluente em inglês fazendo aulinhas dos 3 aos 6 anos. Então qual o meu objetivo? Ponto pra quem respondeu: fazer com que elas criem gosto pelo inglês e também criar um banco de dados sonoro no micro-cérebro delas.

Então, o foco básico do planejamento de cada aulinha é que eles GOSTEM da aula, GOSTEM da tchitcher e achem muito divertido conhecer novas palavrinhas. Quero que eles se habituem com a idéia de "uma língua diferente", e que desenvolvam uma atitude positiva com relação a isso. Mesmo que eles não saibam exatamente que EXISTE uma língua diferente, que isso que eles falam também é uma língua... Eu não espero, de maneira nenhuma, que as crianças nas primeiras aulas já produzam sentenças espontâneas e independentes em inglês. Mas, claro, eu os incentivarei a falar sim, se e quando eles estiverem prontos.

É interessante também, aliás, considero essencial, que as aulinhas não foquem exclusivamente na língua, mas sim no aprendizado da criança como um todo. Como eu vou dar aulas sem reforçar que quando eu falo, eles devem escutar? Como vou ensinar as cores em inglês se eles não sabem em português? Então basicamente o que eu vou ensinar tem que andar lado a lado com o que eles estão aprendendo, tanto quando o assunto é comportamento como quando o assunto é vocabulário em geral. Esses dias um dos pequenos apontou pra um desenho roxo e me perguntou que cor era aquela. Nota mental: não ensinar purple at this point.

Essas conclusões básicas serviram para clarear alguns pontos, mas ok... Como FAZER? Atenção para pesquisa... O que as crianças gostam? O que as crianças querem? Queria ser atingida por um choque que nem o Mel Gibson, mas ao invés de conseguir ouvir os pensamentos das mulheres, quero ouvir os das crianças.

Um comentário:

Ana disse...

Tá, quantos anos eles têm? A Júlia já sabe as cores!!!