domingo, 13 de dezembro de 2009

Xurupito...

Há uns 2 ou 3 meses atrás, salvamos um gato. O American Staffordshire Terrier *dele foi pego no flagra mastigando o tal gato. Ainda bem que o cachorro é obediente, pois largou com o grito que ouviu *dele. E o gatinho, claro, veio para cá, o paraíso dos gatos. Chamamos ele de Xurupito.


Ficou um mês imobilizado, preso em uma caixa de transporte, ele, caixa de areia, água e comida. Altas chances de ficar paraplérgico, já que a bacia fora esmagada e não se sabia a extensão dos danos à coluna dele.

Acontece que deu tudo certo, e ele se recuperou 100%. Milagre mesmo. Ficou aqui mais um mês, sob protestos dos outros gatos, que não querem mais ninguém na casa. Eles dizem que 5 é suficiente e querem que o sexto gato vá procurar seu rumo.

Tenho certeza que esse gato é totalmente feral, pois ele não se acostuma com os outros de jeito nenhum. Ele tenta matá-los enquanto dormem. Ele ataca a Patita (menina mais nova) o tempo inteiro, perseguindo ela pela casa. E, há 1 mês, ele começou a ter ataques epiléticos. Os primeiros não chegaram ao auge - com espasmos. Era só correria. Ele surtava e começava a correr e gritar pela casa. Episódios cada vez mais longos, mas uma hora parava. Eu ainda não sabia o que era, achava que ele só tava puto por estar preso.

Uns 2 sábados atrás, depois da correria ele tombou no chão e começou a tremer. Espasmos fortes, e babou bastante. No dia seguinte, mais um. Levei na Dra. Rose e ela disse que é epilepsia. A epilepsia pode ser a doença em si ou sintoma de alguma outra doença. Gardenal pra ele, para minimizar as crises enquanto não descobrimos se é doença ou sintoma.

Antes de comprarmos o remédio, ele teve mais uma crise, mas eu percebi que foi logo depois de um stress extremo com os meus outros gatos. Os ataques do Xurubas estão 100% relacionados à chatice dos outros. Se ninguém incomoda, ele não tem absolutamente nada. Então resolvemos não começar a administrar o remédio imediatamente, e tentar controlar os ânimos na casa.

Só que, conforme o tempo vai passando, o Xurubas vai ficando mais confiado, se sentindo mais em casa, e mesmo com todas as nossas tentativas de controlar os outros, é ele quem apavora. Todo mundo deitado no colchão comigo, ignorando a presença dele, ele andando pela casa, de repente vem vindo mais perto, mais perto, mais perto... E eu pensando que fofo, agora ele vai deitar aqui com a gente também! e de repente PAU, atacou a Patita ou se atracou no Pirulito.

Isso foi acontecendo com tanta frequência que a paz simplesmente acabou na minha casa, e eu diminuí a qualidade de vida dos meus beibes em 50%, eu diria. Eles não tem mais sossego, eles não podem mais ir e vir, porque se passarem perto do Xurubas é ataque na certa. E o danado do Xurubas faz questão de ficar bem nas passagens. Ele gosta de ficar na porta da cozinha, sendo que a comida deles fica na cozinha e eles são obrigados a passar por ele para ir comer (e são atacados 100% das vezes). Ou então, em dias de calor ele fica no corredor que vai para o banheiro, e os gatos amam dormir no azulejo do banheiro, então tem que passar pela barreira Xurupítica (e são atacados 100% das vezes).

Ele teve uma crise horrenda na quinta, corria em direção as paredes até bater com a cabeça nelas, começou a sangrar a boca por causa das batidas, eu nunca vi ele correr tão rápido. Quando *ele tentou segurá-lo para tentar acalmar (sempre funciona), Xurubas tascou 3 super arranhões no braço *dele, se libertou e continuou correndo contra as paredes - só que muito mais rápida e alucinadamente. Até cair e ter a pior crise de todas. E quando acordei no dia seguinte, tinha 25 pontos de cocô na sala, banheiro e cozinha para eu limpar. Diarréia. Também provável consequência do ataque.

Então agora ele está recebendo 1/4 de Gardenal 2x por dia. Odeio dar o remédio para ele. Odeio ver que ele não é mais ele mesmo, que está constantemente sedado. Agora ele passa a maior parte do dia dormindo. E as vezes cai sozinho, pois o Gardenal afeta o equilíbrio. Tempos difíceis aqui em casa...

Um comentário:

Josir S. disse...

Georgia, meus pais tinham um Husky Siberiano na chácara - o Lobo - q. tinha epilepsia.
É muito complicado, mesmo. Meus pais deram amor para ele. Pois ele não teria mais ninguém - quem iria querer um cachorro com epilepsia?
O dia em que ele morreu meu pai ficou muito triste. É, a vida é assim... Quem gosta de bichos, como nós gostamos, sabe disso!
Abraço!