segunda-feira, 15 de março de 2010

Não se nasce mulher, torna-se

Infelizmente a mídia trata as lutas feministas como superadas ao reforçar o discurso segundo o qual as mulheres dominam cada vez mais o mercado de trabalho, votam, fazem sexo "livremente", escolhem se e quando serão mães, portanto, não faz sentido o "embolorado movimento feminista". Mas basta checar alguns dados para constatar a urgência de novas conquistas.

De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), em média, apenas 20% dos cargos públicos de comando são ocupados por mulheres. Há poucas profissionais atuando nos três poderes – legislativo, executivo e judiciário – e o mesmo ocorre nos altos escalões do mundo corporativo.

Outra questão levantada por Beauvoir e ainda não resolvida é sobre o aborto. Estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS) apontam que 31% dos casos de gravidez no Brasil terminarão abortados.

Os índices de violência continuam alarmantes. A cada 15 segundos uma mulher é espancada por um homem no Brasil e, em cada dez mulheres, sete são vítimas de seus companheiros, constata o Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para Mulher (Unifem). A Lei Maria da Penha é uma importante conquista, pois cria mecanismos que coíbem e previnem a violência doméstica contra mulheres. No entanto, ainda é pouco diante de tantas outras demandas.

Com a globalização, hoje se sabe como vivem as mulheres no mundo todo: brasileiras, árabes, africanas, israelitas etc. É fato que muitas delas ainda não conquistaram seu espaço político-social e, mesmo nos países que contaram com um movimento feminista atuante, ainda há mulheres subjugadas de alguma maneira.

Tirei daqui.

Nenhum comentário: