domingo, 13 de setembro de 2009

Educação Infantil: não sei se volto

Particularmente eu não gosto dessa idéia de "cantinho do pensamento". Acho que é só um nome bonito para cheirar parede ou para o chapéu de burro usado antigamente. Acho que é sim humilhação e que é sim tão traumático com o nome novo quanto era com os nomes antigos.
Mas é difícil encontrar alguma outra forma de disciplinar que não envergonhe a criança na frente dos colegas. Fiquei muito, muito preocupada com o quanto eu NAO consigo manter disciplina.

Eu não queria berrar. Também sou contra berrar: CHEGA! SILENCIO! SENTEM!
Se eu berro com eles, como posso esperar que eles não berrem comigo ou com o coleguinha? Parei na frente da turminha e levantei a mão. Sei lá, né, funciona no escoteiro. Lá a gente levanta a mão e T-O-D-O M-U-N-D-O para o que estiver fazendo na hora e olha para você, esperando você falar.
E lá no grupo escoteiro isso não acontece mediante castigos ou berros. Simplesmente a criança nova chega, vê que todos os outros obedecem, e continuam obedecendo. Pronto.

Andei pesquisando e encontrei uns charts da Super Nanny que pensei em usar.


Basicamente se combina algumas atitudes ou comportamentos que queremos trabalhar com a criança. Sendo a criança menor, deve-se focar apenas em uma coisa, para não confundir muito a cabecinha deles.
Daí se explica para a criança o "quadro de recompensas", enfatizando que não é uma ferramenta de punição, mas sim uma oportunidade de elogio. Cada vez que atingir o objetivo, vai subindo no quadro - e também pode ir descendo. A própria criança pode escolher a recompensa, dentro das opcões dadas pela prof.

Parece ótimo, mas não sei que impacto isso pode ter em uma turma com 12. Tenho a impressão que, assim que os alunos mais bem comportados dispararem e ficarem 3 posições da frente, eu vou acabar potencializando o mau comportamento dos rebeldes. Eles vão pensar: eu não vou conseguir mesmo... Não vou ganhar mesmo... Eu sou burro...
E todos os outros pensamentos que podem se seguir, fazendo com que eles simplesmente toquem o f***-se e destruam as minhas aulinhas ad infinitum.

Ai que difícil.

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