Nessas minhas novas descobertas Piagetianas, eu cheguei a conclusão que não é uma questão de que cada pessoa tem um “jeito” de conversar, que fulano é mais grosso e beltrano é mais bobo. Simplesmente ou SE SABE conversar e interagir socialmente, ou NÃO SE SABE.
Piaget diz que existem dois tipos de relação social: a coação e a cooperação.
A coação social é todo relacionamento em que uma das partes conta com autoridade ou prestígio. Sendo assim, os outros tomam como verdade qualquer coisa que lhes seja dito, pois quem disse é digno de confiança ou simplesmente tem poder.
É mais ou menos aí que eu encaixo essa parcela de relacionamentos a qual me referi. O homem se acha numa posição de autoridade ou prestígio, porque – oi! – é um homem, e a mulher fica na outra ponta. Espera-se que ela aceite como verdade o que quer que “seu” homem fale. A mulher tem pouca participação racional na produção, conservação e divulgação de suas idéias. O homem espera que ela apenas contente-se em aceitar o produto final como válido.
Não há verdadeiro diálogo.
Já na cooperação... Obviamente, é o oposto. Não há assimetria, imposição, repetição, crença, etc. Há discussão, troca de pontos de vista, controle mútuo dos argumentos. Além de ser a relação que representa o mais alto nível de socialização, é também a que promove o desenvolvimento.
Um comentário:
Não li o "Interação Social I" mas gostei muito do II pois acho que essa análise também podemos levar para o campo dos relacionamentos amororos.As mulheres hoje procuram homens que sejam mais cooperadores ao invés de autoritários.
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