sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Dai-me serenidade

E quando você tem certeza que uma certa pessoa falou uma certa coisa em um certo momento só para te alfinetar?

Sério, não parece mas eu sou MUITO paciente.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

It's ok to be a cat guy

Foi por já ouvir tanto comentário idiota sobre meninos que gostam de gatos que eu simplesmente A-M-E-I essa série de vídeos It´s ok to be a cat guy.

Apesar de eu genuinamente crer que gatos sejam animais feministas, eu não acho que sejam animais FEMININOS. Gato é o bicho mais massa do mundo, óbvio, e essa idéia de que é coisa de mulher é tão idiota e culturalmente construída quanto dizer que macho que é macho tem que coçar o saco e arrotar em público. Né?

E tambem porque oh God, não tem coisa mais linda do que um homem que tenha gato(s)...


Esse vídeo é o melhor, mas tem outros: aqui, aqui e aqui.

sábado, 16 de julho de 2011

O STF saiu do armário!

Enfim, o reconhecimento da União Estável Homoafetiva

Sally Rejane Satler, advogada

sally.satler@gmail.com

Uma sociedade decente é uma sociedade que não humilha seus integrantes. O tribunal lhes restitui o respeito que merecem, reconhece seus direitos, restaura sua dignidade, afirma sua identidade e restaura sua liberdade. Ellen Gracie, Ministra do STF, ao pronunciar o seu voto favorável à união estável entre pessoas do mesmo sexo.

Que não se separe por um parágrafo, o que a vida uniu pelo afeto. Ayres Britto, Ministro do STF, na leitura de seu voto, fazendo menção à uma leitura literal e simplista do dispositivo constitucional que trata da união estável (art. 26, parágrafo 3º).

Há muito que os movimentos LGBT e de Direitos Humanos lutam pelo reconhecimento da união civil entre pessoas do mesmo sexo. No Congresso Nacional, entre pautas e engavetamentos, após as eleições de 2010, a possibilidade de por em votação em pauta o projeto novamente reavivou as esperanças na conquista deste direito e legitimação da igualdade entre todos proclamada na Constituição Federal de 1988.

Enquanto se esperava a lenta movimentação do Congresso, o Supremo Tribunal Federal – STF – surpreendeu a todos neste mês de maio, quando, por unanimidade, reconheceu a União Estável entre pessoas do mesmo sexo. Uma conquista importantíssima e uma demonstração de maturidade e compreensão jurídica por parte dos nossos Ministros. Afinal, o último censo revelou a existência de aproximadamente 60 mil famílias constituídas por pessoas do mesmo sexo no Brasil, e independentemente de números, não é possível condená-las à invisibilidade.

A decisão surpreendeu também a FPE – Frente Parlamentar Evangélica – composta por setenta e seis deputados federais e três senadores, que há muito se articula para impedir a união civil de pessoas do mesmo sexo. Aliás, estranho não se questionar a existência de uma Frente Parlamentar em defesa de crenças religiosas em um país constitucionalmente laico, ou seja, deputados e senadores movidos por interesses e crenças pessoais, e não pela garantia da igualdade de direitos a todos os cidadãos. A mais recente articulação desta Frente culminou na suspensão da circulação do kit anti-homofobia nas escolas, em troca de favores políticos para o Governo Dilma. E neste momento, a FPE vem anunciando estratégias com o objetivo desviar o foco das discussões em torno da aprovação da união civil homossexual, ainda que inócuas do ponto de vista jurídico.

Uma das estratégias é apresentar um projeto de lei que garanta a toda igreja o direito de não ser obrigada a realizar casamentos entre pessoas do mesmo sexo. Obviamente, a Constituição já garante a ampla liberdade de crença, e seria impossível uma imposição estatal às igrejas de celebrar casamentos religiosos homossexuais. Outra tentativa, capitaneada pelo presidente da FPE (deputado João Campos – PSDB-GO), constitui na elaboração e aprovação de um decreto legislativo que pretende reafirmar a competência do Congresso para tratar da matéria, numa tentativa de sustar os efeitos da decisão do STF. Também inócua, porque o STF não criou uma nova lei, apenas interpretou-a conforme a Constituição, que prima pela liberdade, igualdade de direitos e dignidade humana. Assim, resta perguntar se realmente os deputados da FPE não sabem o que fazem ao buscar essas ‘soluções’ legislativas tão simplórias, ou se apenas querem confundir a opinião pública, ou ainda pior, criar um factóide para a mídia, numa luta contra os direitos civis para homossexuais.

Para fazer valer seus direitos, os casais homossexuais ainda terão que buscar os tribunais em muitas situações, mas agora respaldados pela decisão do STF. Ou seja, antes do reconhecimento da união homossexual, direitos como herança e divisão de bens poderiam ser negados no Judiciário, enquanto que agora, da mesma forma que uma família heterossexual, tais direitos podem ser buscados com mais segurança perante à Justiça, amparados na decisão da Corte Suprema.

É importante enfatizar que essa decisão não preenche totalmente a lacuna deixada pelo Legislativo, que deverá regulamentar as relações decorrentes do reconhecimento da união. Em nível local, também é necessário e urgente mobilizar o Poder Executivo e Legislativo locais para regulamentar, por exemplo, o direito de pensão dos servidores homossexuais junto aos planos de previdência municipais (como por exemplo, o ISSBLU - Instituto de Seguridade Social dos Servidores Públicos Municipais de Blumenau), e também em nível estadual (como o IPESC/IPREV).

Por isso, entendo que essa conquista constitui somente uma etapa de um longo processo de luta. Ainda há muito a ser conquistado, e muitos são os interesses e preconceitos a serem combatidos.

Mas afinal, o que efetivamente muda a partir dessa decisão que reconheceu a União Estável entre casais do mesmo sexo? A partir desse momento, os casais homossexuais passaram a ser considerados uma entidade familiar, com direitos de herança, comunhão de bens, pensão alimentícia, pensão por morte, plano de saúde, entre tantos outros. Essa decisão tem efeito vinculante, ou seja, os outros tribunais do país deverão segui-la em julgamentos que tratem do assunto. Assim, as regras serão semelhantes nos casos de União Estável envolvendo tanto casais heterossexuais, como casais homossexuais.

No momento, mais importante que celebrar essa conquista, é fazer valer esse direito. Por isso, conclamo a todos os casais homossexuais que compareçam a um cartório e firmem a Declaração de União Estável, como um ato de legitimação perante o Estado, à sociedade e seus familiares; pois, nesse caso, é um ato de rebeldia ante a fragilidade legal dessa união, uma teimosia, não uma convenção; fortalece a luta e o debate em favor do reconhecimento da união civil homossexual e de seus direitos mais básicos. “É o tempo da travessia, e se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos”, citando Fernando Pessoa, tal como o Ministro Luiz Fux fez em seu voto no STF.

Como fazer a Declaração de União Estável?

É bem simples: basta levar a qualquer cartório os documentos pessoais do casal (Identidade, CPF, Certidão de Nascimento atualizada e comprovante de residência). O custo fica entre R$ 30,00 e R$ 60,00, dependendo do cartório.

Só lembrando: é possível assinar a declaração com efeitos retroativos à data do início da relação conjugal, o que garante o direito à herança e partilha de bens adquiridos pelo casal antes do dia da assinatura no cartório.

domingo, 1 de maio de 2011

Recado

"Quando eu vejo alguém que não sabe NADA de feminismo, que nunca quis saber, que tem raiva de quem sabe, que nunca fez o menor esforço em aprender, EXIGIR que eu o informe sobre feminismo, e que são perguntas que eu já respondi 156,802 vezes antes, bom, eu diria que tenho direito de não querer responder, sendo eu militante ou não. Esse, aliás, é um dos velhos argumentos mimimi usados contra militantes em geral: “IF YOU WON'T TEACH ME HOW CAN I LEARN?” Ahn, em plena era de informação, a pessoa depende justamente de mim pra ensiná-lo? (sendo que, em geral, essas pessoas que buscam “informação” já vem com quinhentas pedras na mão?)."

Quem disse isso foi a Lola, na lista das Blogueiras Feministas, mas isso calhou tão bem pra uma situação tão específica minha que pá né.

domingo, 6 de março de 2011

Dançando em Blumenau

Tenho um relacionamento complicado com Blumenau. De amor e ódio.
Nasci aqui. Cresci aqui. Estudei aqui. E nunca passei mais do que duas semanas fora daqui. NUNCA. E todos os meus planos de ir embora sempre deram errado. Pior que eu acho que boa parte foi por auto-sabotagem minha mesmo. Tipo quando chegava perto da hora "acontecia" alguma coisa, um emprego novo, um amor novo, algum empecilho.

E é engraçado, sempre nos períodos que precediam a minha pretensa fuga, eu sofria de um saudosismo sufocante. Andava pelo centro admirando cada prediozinho com enxaimel fake. Babava no prédio da prefeitura. Batia foto da ponte de ferro. E amava Blumenau mais do que nunca. Eu tenho sonhos recorrentes da minha infância. Eu sou naturalmente saudosista. Eu SEMPRE sonho com a minha escola, Alberto Stein, e com os momentos maravilhosos que passei crescendo lá. SEMPRE sonho com a minha casa, numa ruazinha da Jorge Lacerda, e não consigo pensar em outro lugar onde fui mais feliz. Sonho que comprei aquela casa pra morar de novo. Queria comprar aquela casa mesmo.

Mas a verdade é que eu sinto que Blumenau é a minha felicidade mas também a minha perdição. Aqui eu estou presa dentro de uma caixinha. Bem pequena. Nada das coisas que me interessam de verdade estão aqui. Tirando raras exceções, sinto que estou cercada de pessoas que não me agradam. Esses direitóides racistas, homofóbicos, elitistas. Não tem os cursos que eu gostaria de fazer. As palestras que eu gostaria de assistir. É uma merda isso. Sempre parece que eu não consigo ir muito pra frente.

Comentei com uma amiga minha que estava pensando em ir embora, de novo. E ela disse que aleluia, estava mesmo na hora de eu amadurecer e ir construir minha vida em outro lugar. Fiquei pensando se era isso mesmo. Se a gente amadurece de verdade quando vai para uma terra estranha, se a gente vira outra pessoa, melhor. Me senti meio Abrão assim, sai da tua casa e da tua parentela blablablawhiskassachet...

Blumenau, quero o divórcio.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Whaaaaaaat?

Como todo mundo que acompanha o blog já sabe, todo semestre eu tenho uma Prática Educativa para apresentar e um paper para entregar.

Tá.

O paper desse semestre, por sorte, é sobre Alfabetização e Letramento. Gostei, pq o do semestre passado foi sobre Lendas, parlendas e contos. Puah!

Daí lá foram as meninas tirar mais informações sobre a tal prática - que tem que estar relacionada com o paper. E pediram se rolava fazer a prática na creche onde uma delas trabalha. Gente. Oi? Paper sobre alfabetização e letramento? Numa creche? A pergunta delas já foi extremamente idiota por si só.

Mas o mais absurdo e inesperado foi a resposta da monitora. Disse que sim, porque na creche não há alfabetização mas há letramento, já que LETRAMENTO É QUANDO A CRIANÇA APRENDE AS LETRAS, APRENDE A DESENHAR O NOME.

?????????????????????????????????????

Me caiu os butiá tudo do bolso.

Vai se fuder, Uniasselvi.

As coisas que a gente tem que aguentar por um diploma. Desespero define.

Letramento é o resultado da ação de ensinar a ler e escrever. É o estado ou a condição que adquire um grupo social ou um indivíduo como conseqüência de ter-se apropriado da escrita.
Surge um novo sentido para o adjetivo letrado, que significava apenas “que, ou o que é versado em letras ou literatura; literato”, e que agora passa a caracterizar o indivíduo que domina a leitura, ou seja, que não só sabe ler e escrever (atributo daquele que é alfabetizado), mas também faz uso competente e freqüente da leitura e da escrita. Fala-se no letramento como ampliação do sentido de alfabetização. http://pt.wikipedia.org/wiki/Letramento

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Rapidinhas - de novo

Acabei de chegar da reunião do LEO e lembrei que faz tempo que não posto aqui.
Tô ficando redundante e repetitiva, mas SIM, estou numa loucura completa, muita correria, muitas notícias boas, muita coisa se realizando em 2011.

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Quando li a primeira vez o poema do Drummond, que pergunta Quem pode querer ser feliz se não for por amor?, eu imediatamente corrigi e adaptei para a minha vida: quem pode querer ser feliz se não for para servir?
Lema do ramo Pioneiro, SERVIR é algo a que dedico a minha vida. É algo que move meus dias, que me dá energia e que me traz extrema satisfação. Meu trabalho em si já é uma oportunidade. Ninguém vira professor por dinheiro. A gente só vira professor por ter esperança na humanidade e em dias melhores. E por querer SERVIR essa humanidade, querer oferecer ao mundo pessoas melhores. O Escotismo nada mais é do que isso também. Não só quando trabalhamos com serviços à comunidade, mas principalmente quando queremos entregar a sociedade jovens melhores, mais integros, verdadeiros cidadão, autônomos, independentes, líderes.
E de carona nisso tudo entra o LEO Clube, que também procura tornar esse mundo um pouco melhor. Hoje assumi o cargo de secretária, não sei nem se vou conseguir atender às expectativas com a minha agenda absurda, mas estou muito orgulhosa e muito animada pelas novas atribuições. E toda boba com o meu pin novo :)

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Sigamos em frente, então. Que uma longa semana me aguarda.